A ex-líder civil de Mianmar Aung San Suu Kyi, processada desde junho depois de ser derrubada em fevereiro por um golpe militar, prestou depoimento nesta terça-feira (26) pela primeira vez em um tribunal da junta militar, informou uma fonte próxima ao caso.
A vencedora do prêmio Nobel da Paz de 1991, de 76 anos e sob prisão domiciliar em Naypyidaw desde o golpe de Estado, "fez sua declaração no tribunal sozinha", em resposta às acusações de incitar a desordem pública. das quais se declarou inocente em setembro.
Além destas acusações, Suu Kyi está sendo julgada por uma série de crimes: importação ilegal de walkie-talkies, violação das restrições vinculadas à covid-19, sedição e corrupção.
A ex-líder birmanesa enfrenta a possibilidade de dezenas de anos de prisão. O conteúdo do depoimento "não pode ser revelado" até que o tribunal certifique suas declarações, de acordo com a mesma fonte. Ele disse que isto pode acontecer na próxima semana.
As autoridades negaram aos jornalistas acesso ao processo de Suu Kyi, que se acontece a portas fechadas em um tribunal especial da capital Naypyidaw.
Seu principal advogado, Khin Maung Zaw, anunciou recentemente que não tem o direito de falar com a imprensa, diplomatas estrangeiros e organizações internacionais, devido a uma ordem do regime militar.
O golpe de 1º de fevereiro acabou com um breve período democrático de uma década no país.
Desde então, o exército executa uma repressão violenta contra os opositores.
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