O presidente americano, Joe Biden, manteve diálogos intensos nesta terça-feira (19) com setores adversários do Partido Democrata, em uma tentativa de salvar sua agenda no Congresso antes que o tempo se esgote.
Depois de semanas de estagnação entre a ala à esquerda e a mais conservadora do partido em torno do custo e do alcance de seus planos para expandir a rede de seguridade social, Biden agora acelera o ritmo.
"Hoje passou praticamente, literalmente, cada minuto do seu dia reunindo-se com membros do Congresso e acredito que isto é um reflexo da urgência que sente", destacou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
"Nosso esforço é continuar progredindo", disse. "Aqui estamos nos aproximando das etapas finais. Estamos trabalhando para chegar a um acordo".
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, mostrou-se otimista após um almoço com colegas democratas e disse que há um "acordo universal" de chegar a um pacto e que isso deve ocorrer "esta semana".
Biden reuniu-se primeiro com dois senadores democratas chave, Joe Manchin e Kyrsten Sinema, cuja oposição ao montante de 3,5 trilhões de dólares em seu projeto de lei de gastos sociais equivale a um veto, devido a que os democratas precisam de unanimidade para aprovar qualquer iniciativa em um Senado dividido em partes iguais.
Ele também se reuniu com grupos de legisladores democratas moderados e de esquerda em duas reuniões em separado. Na quarta-feira, o presidente discursará para promover seus planos em Scranton, a cidade operária da Pensilvânia onde passou parte da infância.
Manchin disse que só aceitará 1,5 trilhão de dólares para o projeto de lei de gastos sociais, que segundo Biden abordará as desigualdades fundamentais através da expansão da educação e do cuidado infantil gratuitos.
Preocupada com o destino deste projeto de lei, um poderoso setor da esquerda na Câmara de Representantes respondeu bloqueando a aprovação de um projeto de lei em separado de 1,2 trilhão de dólares para melhorar a infraestrutura americana, um desejo da maioria dos democratas e também de um número significativo de republicanos.
Embora as duas partes ainda estejam publicamente em desacordo, ameaçando arruinar a maior parte da agenda doméstica de Biden, Psaki mostrou-se otimista.
"Nosso objetivo é progredir e, baseando-se nas reuniões da manhã e em nossas expectativas das reuniões da tarde, esperamos que ocorra exatamente isso", afirmou.
"Tivemos meses para considerar, debater, litigar", lembrou. "Logo chegará o momento de avançar e cumprir a promessa com o povo americano".
Saiba Mais
- Cidades DF Corpo de Bombeiros investiga homofobia em mensagens de militares de Luziânia
- Cidades DF Aeroporto de Brasília tem recorde de movimentação desde o início da pandemia
- Mundo Política afegã agradece a deputado britânico por salvar sua vida
- Economia FMI anuncia que sua economista-chefe, Gita Gopinath, deixará o cargo em janeiro
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.