A Câmara Municipal de Nova York aprovou na segunda-feira (19) a remoção da estátua de Thomas Jefferson, que permaneceu na sala da diretoria por mais de 100 anos, expulsando um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos e o primeiro autor da Declaração de Independência por seu passado escravagista.
Na segunda-feira (18), um comitê da Câmara votou por unanimidade pela retirada da estátua de Jefferson da sala de reuniões.
O ex-presidente teve mais de 600 escravos e, com uma delas, Sally Hemings, seis filhos.
Há alguns anos, vereadores de origem latina e negra reivindicam timidamente sua retirada. Depois de muita discussão, decidiu-se transferir a estátua para a Sociedade Histórica de Nova York.
"Jefferson representa algumas das partes mais vergonhosas da longa e cheia de matizes história do nosso país", disse a vereadora Adrienne Adams, que é negra.
O debate sobre a estátua de Jefferson faz parte de um movimento nacional que surgiu na esteira da morte de George Floyd, um homem negro sufocado sob o joelho de um policial, e do Black Lives Matter.
Também se insere em um quadro de acentuada desigualdade racial, exposto pela pandemia da covid-19, e do debate sobre se os monumentos dos confederados deveriam ser removidos.
Feita de gesso com base no modelo de bronze de Jefferson em exibição na Rotunda do Capitólio, em Washington, a estátua foi encomendada em 1833 por Uriah P. Levy, o primeiro comodoro judeu da Marinha americana, para comemorar o apoio de um dos Pais da Nação à liberdade religiosa nas Forças Armadas.
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