Califórnia

Califórnia declara ilegal remover preservativo sem consentimento

Califórnia é o primeiro estado do país a proibir especificamente essa prática, que pode expor as vítimas a uma gravidez indesejada ou doenças sexualmente transmissíveis

Agência France-Presse
postado em 08/10/2021 14:53
 (crédito: YASUYOSHI CHIBA)
(crédito: YASUYOSHI CHIBA)

A Califórnia tornou ilegal a remoção do preservativo sem consentimento verbal durante a relação sexual, uma prática popularmente conhecida como "stealthing".

O governador do estado da costa oeste dos Estados Unidos, Gavin Newsom, assinou nesta quinta-feira (7) um projeto de lei que classifica essa prática como "agressão sexual".

"Ao aprovar este projeto de lei, estamos enfatizando a importância do consentimento", disse o gabinete do governador em um tweet.

Cristina Garcia, membro da assembleia da Califórnia que apresentou o projeto de lei, disse que remover o preservativo sem consentimento "não é apenas imoral, mas ilegal".

A Califórnia é o primeiro estado do país a proibir especificamente essa prática, que pode expor as vítimas a uma gravidez indesejada ou doenças sexualmente transmissíveis.

Segundo o projeto, comete agressão sexual quem “provoca contato entre um órgão sexual, do qual foi retirado o preservativo, e a parte íntima de outra pessoa que não deu consentimento verbal para a retirada do preservativo”.

A prática de "stealthing" gerou polêmica nos Estados Unidos após a publicação de um artigo da doutoranda Alexandra Brodsky, em 2017, no Columbia Journal of Gender and Law.

Brodsky observou que havia fóruns online fornecendo informações sobre como cometer o ato com sucesso, alguns dos quais foram posteriormente encerrados.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação