A Coreia do Norte lançou um "projétil não identificado" ao mar de sua costa oriental, informou nesta terça-feira (28, segunda 27 no Brasil) o exército sul-coreano.
O Estado-Maior sul-coreano não ofereceu mais detalhes sobre o caso.
Pouco depois da notificação do disparo, o embaixador norte-coreano defendeu na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o direito de seu país de testar sua tecnologia de defesa.
"Nós apenas estamos construindo nossa defesa nacional para nos proteger e salvaguardar de forma confiável a segurança e a paz do país", disse Kim Song.
O lançamento ocorre em um contexto de aceleração da corrida armamentista entre os dois países, ao mesmo tempo em que seus líderes abrem a porta ou evocam um possível diálogo.
Dotado de armamento nuclear, o Norte realizou vários testes com armas este mês, inclusive com mísseis de cruzeiro de longo alcance.
O Sul, por sua vez, também anunciou este mês que tinha testado com sucesso pela primeira vez mísseis disparados de um submarino, uma tecnologia avançada disponível apenas em alguns poucos países.
Mas também surgiram sinais de distensão.
Dois dias atrás, Kim Yo Jong, irmã e assessora influente do líder norte-coreano, Kim Jong Un, evocou a possibilidade de uma cúpula intercoreana, mas só se garantir o "respeito mútuo" e a "imparcialidade".
Também criticou a "dupla moral" da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, que criticam os testes norte-coreanos enquanto eles desenvolvem suas próprias capacidades militares.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, ao qual restam poucos meses no cargo, reiterou seus chamados a pôr fim oficialmente à guerra da Coreia (1950-1953).
O conflito nesta península do nordeste asiático terminou com uma trégua, mas nunca chegou a ser assinado um tratado de paz. Portanto, os dois países continuam tecnicamente em guerra desde então.
As comunicações entre as duas Coreias foram interrompidas em grande medida depois de uma segunda cúpula entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte em Hanói, que fracassou em fevereiro de 2019, já que o então presidente Donald Trump e Kim Jong Un não puderam entrar em um consenso sobre os termos de um acordo.