O Parlamento Europeu pediu à União Europeia (UE), nesta quinta-feira (16), que intensifique seus esforços para pôr fim ao uso de animais na pesquisa científica - um passo bem recebido pelos ativistas.
Trata-se de uma resolução não vinculante, aprovada por esmagadora maioria.
"Os eurodeputados solicitam um plano de ação para toda UE, com objetivos ambiciosos e alcançáveis, assim como prazos para eliminar, gradualmente, o uso de animais na pesquisa", afirma o documento adotado.
De acordo com a resolução, os legisladores querem que "fundos suficientes sejam disponibilizados no médio e no longo prazo para garantir o rápido desenvolvimento, validação e introdução de métodos de teste alternativos".
Em 2009, a UE proibiu testes de cosméticos em animais e tem regulações para tentar proteger os animais que ainda são usados nas pesquisas científicas consideradas necessárias.
Mais de 12 milhões de animais - ratos de laboratório, em 90% dos casos - foram criados e sacrificados em 2017 para fins de pesquisa. Muitos acabaram não sendo usados em experimentos, de acordo com um relatório da Comissão Europeia.
Os legisladores da UE observaram que "há casos em que experimentos com animais ainda são necessários para obter conhecimento científico sobre determinadas doenças, devido à atual indisponibilidade de métodos não baseados em animais".
O grupo de direitos dos animais Humane Society International classificou a resolução como "uma oportunidade histórica para eliminar o sofrimento animal da equação e mudar a abordagem para a pesquisa moderna".