As principais autoridades de saúde das quatro nações que compõem o Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) recomendaram nesta segunda-feira (13/9) a vacinação contra covid-19 para adolescentes saudáveis entre 12 e 15 anos.
Essa recomendação, que vai contra as conclusões do comitê científico encarregado de supervisionar a campanha de vacinação britânica, significa que três milhões de menores podem receber uma primeira e, por enquanto, única dose da vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech.
Os quatro especialistas do Reino Unido também pediram ao comitê para decidir sobre a eventual administração de uma segunda dose para essa faixa etária, quando mais dados estiverem disponíveis em todo mundo.
A decisão agora corresponde aos quatro governos regionais, que têm competência em matéria de saúde.
O serviço público de saúde da Inglaterra já havia sido solicitado a se preparar para estender o programa de vacinação aos jovens de 12 a 15 anos, em caso de recomendação.
Em sua indicação, as autoridades consideraram, entre outras coisas, o impacto da pandemia na escolaridade dos adolescentes e destacaram que a vacinação pode ajudar a "reduzir (mas não eliminar) as interrupções na educação".
Apesar da preocupação com o início do novo ano letivo, o comitê científico considerou há dez dias que o benefício de ampliar a campanha de vacinação para todas as crianças acima de 12 anos seria periférico.
Os pesquisadores afirmaram que o vírus representa um risco baixo para crianças saudáveis, mas recomendaram que o governo busque acompanhamento.
Crianças maiores de 12 anos com problemas de saúde já podem receber a vacina no Reino Unido, que, atualmente, imuniza todos os adolescentes de 16 a 17 anos.
Desde o início da pandemia, mais de 134.000 pessoas morreram no país, até 28 dias após testarem positivo para o coronavírus.
Com mais de 66 milhões de habitantes, o Reino Unido registra cerca de 30.000 novos casos de covid-19 por dia.