Ao menos 65 combatentes morreram em confrontos violentos nas últimas 48 horas entre as forças do governo e rebeldes na província de Marib, norte do Iêmen, informou uma fonte militar nesta quinta-feira.
Na semana passada, mais de 100 combatentes morreram em Marib, último reduto do governo na região norte do país devastada pela guerra.
Marib é cenário de confrontos violentos desde fevereiro, quando os rebeldes iniciaram uma ofensiva nesta região rica em petróleo.
"Registramos 22 mortos e 50 feridos entre as forças governamentais e 43 mortos entre os huthis nas últimas 48 horas", afirmou a fonte.
Desde a tomada da capital Sanaa, em 2014, que desencadeou a guerra no Iêmen, os rebeldes, próximos ao Irã (xiita), arrebataram o controle de grande parte do norte do país do governo, que tem desde 2015 o apoio de uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita (sunita), grande rival de Teerã.
Os huthis desejam conquistar a capital provincial de Marib e cercaram a cidade há meses. Os combates deixaram centenas de mortos desde fevereiro.
De acordo com a fonte militar, que pediu anonimato, os combates voltaram a ganhar força há dois dias, quando os rebeldes executaram ataques contra posições governamentais nos arredores da cidade.
Diante dos deslocamentos da população e do temor de agravamento da catástrofe humanitária nas zonas próximas aos combates na região de Marib, os pedidos internacionais por uma trégua foram intensificados.
ONU e Estados Unidos lideram os esforços diplomáticos para tentar acabar com guerra, que deixou dezenas de milhares de mortos e provocou uma das piores crises humanitárias no mundo.