Nesta quinta-feira (30/9) a Alemanha ficou em alerta após a fuga de uma mulher de 96 anos que seria julgada por crimes nazistas. Seria o primeiro julgamento de uma mulher ligada ao nazismo em décadas.
A acusada é Irmgard Furchner. A mulher deveria ser julgada no tribunal de Itzehoe (cidade no Norte da Alemanha), mas escapou da casa de repouso onde mora antes dos agentes da polícia chegarem para buscá-la pela manhã. O tribunal então emitiu uma ordem de prisão contra Irmgard. Segundo informações da Agência France-Press, a mulher foi reencontrada em uma estação de metrô.
Um porta-voz local da Justiça, Frederike Mihofferda, disse à AFP que Irmgard conseguiu sair da casa de repouso de táxi e foi encontrada horas depois. “A ré foi encontrada. Um médico determinará se ela pode ser detida e o tribunal mais tarde decidirá se o mandado de prisão será cumprido ou não”, disse.
Irmgard trabalhou como estenógrafa — profissional que transcreve depoimentos em tempo real — entre 1943 e 1945 no campo de concentração de Sutthof, na Polônia (que na época foi dominada pelo exército nazista). Segundo a promotoria, o cargo de Irmgard permitia que a mulher tivesse conhecimento dos crimes praticados no local, logo, ela é acusada como cúmplice no assassinato de cerca de 11 mil pessoas. No total, Sutthof matou mais de 65 mil pessoas.
A mulher está sendo processada pelas diretrizes da lei penal juvenil, já que na época tinha 18 anos. Irmgard já depôs em 1954 e em 1962. Em ambas ocasiões, ela alegou não estar ciente das mortes.
O novo julgamento de Irmgard foi marcado para o próximo dia 19 de outubro.
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