As forças de segurança israelense mataram nesta quinta-feira (30) três palestinos em incidentes separados em Jerusalém Oriental, Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Na Cidade Antiga de Jerusalém, as forças israelenses mataram uma palestina que tentou esfaquear os agentes em uma das ruas que levam à mesquita de Al-Aqsa, a maior da cidade, terceiro local sagrado do islã, segundo a polícia do Estado hebreu.
As forças de segurança "abriram fogo" na direção da agressora e "os serviços médicos que seguiram para o local constataram a morte", informou a polícia. A tentativa de ataque não provocou vítimas.
Israa Jozaymiah, de 30 anos e procedente da Cisjordânia, saiu da Esplanada das Mesquitas, dentro da qual fica Al-Aqsa, e tirou uma faca do bolso antes de seguir na direção dos policiais, segundo um comunicado.
Forças de segurança israelenses vigiam cada acesso a esta área muçulmana, localizada em Jerusalém Oriental, o setor palestino da cidade, ocupado e posteriormente anexado por Israel.
Os judeus chamam este local de Monte do Templo e também o veneram. Ao pé da esplanada fica o Muro das Lamentações, vestígio do segundo Templo de Jerusalém e o local mais sagrado para o judaísmo.
Operação na Cisjordânia
Em Borquin, localidade do norte da Cisjordânia ocupada por Israel, outro palestino morreu e dois ficaram feridos nesta quinta-feira em confrontos com as forças israelenses, informou a agência oficial palestina Wafa.
A vítima fatal, Alaa Zayud, de 22 anos, era membro do grupo armado Jihad Islâmica, segundo uma fonte das forças de segurança palestinas.
O jovem foi atingido por quatro tiros, dois deles no peito, informou o ministério palestino da Saúde.
A polícia israelense afirmou que abriu fogo contra o homem em resposta a tiros recebidos durante uma operação em Borquin para "deter suspeitos e localizar armas".
Horas depois, na Faixa de Gaza, Mohamad Abu Amar, um palestino de 40 anos, foi atingido por um tiro fatal no pescoço. O exército israelense afirmou que "três suspeitos se aproximaram da barreira de segurança no norte da Faixa de Gaza", diante da qual estão posicionadas as forças do país.
"Um dos suspeitos tinha uma mochila suspeita e estava cavando no chão, o que justificou os tiros dos soldados", completou o exército em um comunicado.
Em maio, 260 palestinos de Gaza e 13 israelenses morreram em um confronto entre Israel e o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Na Cisjordânia, os confrontos entre soldados israelenses e palestinos aumentaram nas últimas semanas durante operações das forças de Israel ou manifestações palestinas contra as colônias israelenses em territórios palestinos.
Israel impõe um bloqueio por ar, terra e mar contra Gaza há 15 anos, desde a chegada do Hamas ao poder. Jerusalém Oriental e Cisjordânia, separados fisicamente da Faixa, são territórios palestinos ocupados por Israel desde 1967.
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