Os talibãs agradeceram à comunidade internacional, nesta terça-feira (14/9), pela ajuda de US$ 1,2 bilhão prometida ao Afeganistão e pediram aos Estados Unidos que se mostrem mais generosos.
"Agradecemos e recebemos favoravelmente o compromisso do mundo de quase um bilhão de dólares em ajuda e pedimos que continue ajudando o Afeganistão", declarou o ministro em exercício das Relações Exteriores do novo Executivo afegão, Amir Khan Muttaqi.
"Os Estados Unidos são um grande país. Têm que demonstrar generosidade", acrescentou ele, em uma entrevista coletiva.
Washington prometeu na segunda-feira, como parte de uma iniciativa da ONU, quase 64 milhões de dólares para as organizações humanitárias que trabalham no Afeganistão. Em comparação, o governo americano gastou 2 trilhões de dólares em 20 anos de guerra no país.
"O Emirado Islâmico", como o Talibã chama o Afeganistão, "ajudou os Estados Unidos ao facilitar as operações de retirada. Mas, em vez de agradecer, falam de impor sanções ao nosso povo", declarou Amir Khan Muttaqi, em referência às mais de 123.000 pessoas retiradas do Afeganistão no fim de agosto.
Desde que o Talibã chegou ao poder em 15 de agosto, o Afeganistão está parcialmente paralisado pela interrupção do fluxo financeiro com o exterior, que injetava dinheiro em uma economia devastada por mais de 40 anos de guerras.
Na segunda-feira, a ONU informou que os países doadores prometeram um total de 1,2 bilhão de dólares em ajuda ao Afeganistão, sem especificar a quantia concedida para emergências.
"O Emirado Islâmico fará tudo que puder para dar esta ajuda às pessoas em necessidade, de maneira totalmente transparente", declarou o ministro.
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