O Exército israelense fez, nesta sexta-feira (10), na Cisjordânia, novas detenções de familiares dos seis prisioneiros palestinos foragidos - informou um organismo de defesa dos detidos.
Israel reforçou sua presença militar em território palestino desde segunda-feira (6), quando seis militantes fugiram por um túnel escavado no presídio de segurança máxima de Gilboa, no norte de Israel.
Dois irmãos e uma irmã do suposto mentor da fuga, Mahmud Ardah, foram detidos na manhã desta sexta na cidade de Arraba, perto de Jenin, no norte da Cisjordânia, relatou o Clube de Prisioneiros Palestinos.
Membro do grupo armado Jihad Islâmica, Ardah foi condenado à prisão perpétua em 1996 por seu papel em ataques mortais.
Outros familiares dos seis fugitivos, todos da área de Jenin, foram presos na quarta-feira e permanecem detidos, segundo o clube.
O Exército israelense não fez comentários sobre as detenções desta sexta.
Em uma visita a um posto de controle na fronteira entre Israel e a Cisjordânia, o ministro israelense da Defesa, Benny Gantz, disse, porém, que "mais cedo ou mais tarde colocaremos nossas mãos nestes que buscamos".
Os palestinos celebraram a fuga com manifestações na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, algumas das quais terminaram em tumultos.
A Jihad Islâmica e o Hamas, organização islâmica que governa Gaza, convocaram um "Dia da Fúria" para esta sexta-feira.
Israel emitiu uma ordem para impedir a divulgação de detalhes da investigação sobre a fuga. A imprensa israelense tem informado diariamente sobre o assunto.
O ministro israelense da Segurança Pública, Omer Bar Lev, disse na quinta-feira que ele e o primeiro-ministro Naftali Bennett concordaram em formar uma comissão, liderada por um juiz aposentado, para investigar o caso.
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