Um tribunal dos Estados Unidos recuou e se recusou a forçar um hospital a administrar a polêmica droga ivermectina a um paciente com covid-19.
O medicamento antiparasitário, popular em alguns setores, "não se mostrou eficaz até agora", escreveu o juiz Michael Oster em sua sentença.
"As comunidades médica e científica não apoiam o uso de ivermectina como tratamento para a covid-19", disse, citando "limitações" dos estudos a favor deste produto, alguns dos quais "até tiveram que ser retirados".
Quinze dias atrás, outro juiz, instado pela esposa do paciente com covid, Julie Smith, havia forçado um hospital de Cincinnati a administrar ao paciente 30 mg de ivermectina por dia durante duas semanas.
O grupo UC Health, que administra o hospital UC West Chester, comemorou "uma notícia positiva para a ciência e a experiência dos profissionais de saúde".
"Não acreditamos que hospitais ou médicos devam ser forçados a administrar medicamentos ou terapias, especialmente quando não foi comprovado que funcionam", acrescentou seu porta-voz, Kelly Martin.
A ivermectina é amplamente utilizada por veterinários, mas também tem uso humano contra parasitas como sarna, oncocercose e piolhos. Desde o início da crise de saúde, estudos têm sido realizados para ver se esse medicamento barato poderia ajudar no controle da codid.
Apesar de pré-estudos encorajadores, os ensaios realizados nesta fase são inconclusivos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e as autoridades sanitárias europeias e americanas desaconselham seu uso contra a covid, o que não impede que seja popular entre determinados segmentos da população.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.