A Apple anunciou, nesta sexta-feira (3), que vai atrasar o lançamento de suas novas e controversas ferramentas de proteção contra a pornografia infantil, acusadas por alguns de prejudicar a privacidade de seus dispositivos e serviços.
A gigante do Vale do Silício disse no mês passado que os iPhones e iPads em breve começariam a detectar imagens que contenham abuso sexual infantil e as denunciariam à medida que forem baixadas em seu armazenamento online nos Estados Unidos.
No entanto, as associações de direitos digitais notaram rapidamente que os ajustes aos sistemas operacionais da Apple criam uma "porta dos fundos" potencial nos dispositivos, que poderiam ser explorados por governos ou outras organizações.
"Com base nos comentários dos clientes, grupos de defesa, investigadores e outros, decidimos tomar mais tempo nos próximos meses para coletar informações e realizar melhorias antes de lançar esses recursos tão importantes para a segurança das crianças", disse a empresa em um comunicado.
A nova tecnologia permite ao software que alimenta os dispositivos móveis da Apple comparar as fotos armazenadas no celular de um usuário com uma base de dados de imagens de abuso sexual infantil fornecidas por organizações de segurança, e depois marcar as imagens à medida que são baixadas no armazenamento iCloud online da Apple, de acordo com a empresa.
O sistema, caso seja usado, seria "impulsionado por uma tecnologia de criptografia" para determinar "se há uma coincidência sem revelar o resultado", a menos que se descubra que a imagem contém abuso sexual infantil.
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© Agence France-Presse
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