relatório solicitado pelo presidente americano, Joe Biden, a seus serviços de inteligência sobre a origem da covid-19 não permite resolver essa questão, que é uma fonte de atrito entre Washington e Pequim, informou a imprensa norte-americana, mas a China descartou novamente nesta quarta-feira (25/8) permitir investigações em seu território.
No final de maio, Biden pediu à inteligência americana, até agora incapaz de se pronunciar sobre a tese de uma vazamento acidental do vírus de um laboratório chinês, para "redobrar seus esforços" para explicar o problema da origem da covid-19 em 90 dias.
O presidente recebeu o relatório ultrassecreto nesta terça-feira, mas o documento não é conclusivo.
Apesar da investigação e análise, os investigadores não chegaram a um acordo sobre uma explicação definitiva, relatou o The Washington Post, citando duas autoridades americanas anônimas próximas ao caso.
Parte da razão é que a China não forneceu informações suficientes, diz o The Wall Street Journal, que também conversou com duas autoridades americanas não identificadas.
De acordo com funcionários citados pelo Washington Post, os serviços de inteligência tentarão nos próximos dias desclassificar partes do relatório para eventual divulgação.
A teoria de um acidente no laboratório de Wuhan, na China, rejeitada pela maioria dos especialistas, voltou ao debate nos Estados Unidos nos últimos meses e os apelos por uma investigação mais profunda se multiplicaram na comunidade científica.
A China, ferozmente contra a tese de um vazamento do vírus de um de seus laboratórios, acusou Washington de espalhar teorias de "conspiração".
Nesta quarta-feira, o governo comunista descartou novamente qualquer nova investigação da OMS sobre o coronavírus em seu território.
"A China não precisa provar sua inocência", disse o diretor-geral do departamento de controle de armas do Ministério das Relações Exteriores, Fu Cong.
"Se os Estados Unidos acreditam que a China é culpada, então devem apresentar provas", declarou.
A pandemia de covid-19 matou mais de 4 milhões pessoas em todo o mundo desde o final de dezembro de 2019, de acordo com um relatório preparado pela AFP a partir de fontes oficiais.