Afeganistão

Talibãs serão 'julgados por suas ações, não por suas palavras', diz Johnson

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson um dia antes da reunião do G7 disse que os talibãs serão "julgados por suas ações"

Os talibãs serão "julgados por suas ações, não por suas palavras", afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, nesta segunda-feira (23), um dia antes de uma reunião de líderes do G7 sobre o Afeganistão.


"Junto com nossos parceiros e aliados, continuaremos a usar todos os recursos humanitários e diplomáticos para salvaguardar os direitos humanos e proteger as conquistas das últimas duas décadas" no Afeganistão, disse Johnson, cujo país atualmente preside o grupo das sete maiores economias mundiais.


Embora a "prioridade máxima" seja a evacuação dos ocidentais e dos afegãos que os ajudaram, "é essencial que nos unamos como uma comunidade internacional" para "chegar a um acordo sobre uma abordagem comum a longo prazo", disse o primeiro-ministro, citado em uma nota de Downing Street.


"É por isso que convoquei uma reunião de emergência do G7 para coordenar nossa resposta imediata à crise e reafirmar nosso compromisso com o povo afegão", acrescentou.


A sessão - que reunirá líderes da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido - será realizada virtualmente na tarde desta terça-feira. Os secretários-gerais da Otan e da ONU também foram convidados.


Segundo o comunicado, Johnson pedirá a seus aliados "que aumentem seu apoio aos refugiados e à ajuda humanitária".As negociações também se concentrarão nos esforços de evacuação do aeroporto de Cabul.


Na segunda-feira, o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, disse que o Reino Unido levantará a possibilidade de estender a retirada total para além de 31 de agosto para prolongar as operações de evacuação.


No entanto, um porta-voz do Talibã se opôs veementemente pouco depois, alertando que qualquer adiamento teria "consequências".


Desde que o Talibã assumiu o poder em meados de agosto, milhares de famílias se concentraram perto do Aeroporto Internacional de Cabul na tentativa de deixar o país antes da data limite fixada pelo governo dos EUA para a retirada final de suas forças do Afeganistão.


Diante do caos das operações e sob pressão de seus aliados, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aventou a possibilidade de que suas forças armadas permaneçam destacadas por mais tempo.

 

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© Agence France-Presse