Quatro líderes estudantis da principal universidade de Hong Kong foram presos nesta quarta-feira (18/8) por "apologia ao terrorismo", anunciou a polícia.
A detenção se deve a uma declaração do grêmio estudantil, após um ataque contra um policial em julho, disse o superintendente da seção de segurança nacional da polícia de Hong Kong, Steve Li.
"Quatro homens com idades entre 18 e 20 anos foram detidos hoje. São membros do grêmio estudantil e do conselho do grêmio estudantil", disse Steve Li à imprensa.
Em 1º de julho, um homem atacou um policial com uma faca em um movimentado bairro comercial e depois se suicidou. As autoridades disseram se tratar de ato de "terrorismo doméstico".
Pouco tempo depois, o grêmio estudantil da Universidade de Hong Kong (HKU) emitiu uma declaração expressando "profunda tristeza" pela morte do agressor e gratidão por seu "sacrifício".
A declaração gerou polêmica, levando o grêmio a se retratar e se desculpar.
"Isso embelezou, racionalizou e glorificou o terrorismo e um ataque indiscriminado e encorajou atos suicidas", disse Li a repórteres na quarta-feira.
Mais de 130 pessoas, incluindo muitos defensores da democracia, foram presos sob a Lei de Segurança Nacional, a maioria deles acusados de secessão, ou subversão, por expressarem suas opiniões políticas. A denúncia de terrorismo é menos frequente.