O Irã anunciou neste sábado (14/8) novas restrições para conter a epidemia de coronavírus, enquanto o país registra recordes de infecções e mortes.
As autoridades do país, o mais afetado pela pandemia no Oriente Médio, relataram um aumento nas infecções desde junho e já falam em uma "quinta onda" causada pela variante delta.
Para conter o avanço do coronavírus, o Comitê de Combate a Doenças concordou neste sábado em fechar escritórios do governo, bancos e empresas não essenciais em todo o país de segunda a sábado, 21 de agosto, informou seu porta-voz, Alireza Raisi, a agência de notícias estatal Irna.
Além disso, a circulação de carros nas províncias também será proibida do meio-dia de domingo até 27 de agosto, acrescentou Raisi.
O Irã, que nunca confinou completamente sua população, já havia implementado medidas semelhantes no final de julho, mas apenas nas províncias de Teerã e Alborz.
As novas restrições coincidem com as cerimônias xiitas da Ashura nesta semana e que envolvem dois feriados (quarta e quinta-feira), embora as comemorações possam ser realizadas ao ar livre, destacou o porta-voz.
No total, o país registrou oficialmente mais de 4,38 milhões de infecções e 97 mil mortes desde o início da pandemia, mas as próprias autoridades estimam que o número pode ser maior.
Com a economia afetada pelas sanções americanas restauradas em 2018, o Irã afirma que tenta importar vacinas para seus quase 83 milhões de habitantes.
Até o momento, mais de 14,7 milhões de pessoas receberam a primeira dose, mas apenas 3,8 milhões têm o esquema completo, segundo o Ministério da Saúde.
As autoridades de saúde estão aplicando as vacinas Sputnik V, Sinopharm, Covaxin e AstraZeneca e aprovaram com urgência o uso de mais duas produzidas localmente, especialmente a COViran Barekat, disponível em quantidades limitadas.
“A taxa de vacinação está acelerando a cada dia”, disse o representante do Ministério da Saúde, Bahare Karimi, no posto de vacinação.
Milhares de pessoas fizeram fila neste sábado na entrada de um shopping center de Teerã para se vacinar, observaram jornalistas da AFP.