O príncipe Andrew, da Inglaterra (terceiro filho da rainha Elisabeth), está sendo processado por abuso sexual pela americana Virginia Roberts Giuffre. Ela acusa o membro da realeza de ter abusado dela, quando menor de idade, pela rede de tráfico sexual do financista Jeffrey Epstein (bilionário, também americano, suspeito de vários abusos e que se matou na prisão, capturado por pedofilia). O processo foi aberto em Nova York, nesta segunda-feira (9/8).
De acordo com o Estadão, a mulher afirmou em comunicado: "Estou responsabilizando o príncipe Andrew pelo que fez comigo. Os poderosos e ricos não estão isentos de serem responsabilizados por suas ações. Espero que outras vítimas vejam que é possível não viver em silêncio e medo, mas recuperar a própria vida falando e exigindo justiça".
A ação busca ganhar indenizações punitivas e compensatórias, que não foram especificadas, contra o príncipe, além de acusá-lo de agressão sexual e inflição intencional de sofrimento emocional. Segundo ela, a decisão não foi tomada de maneira descuidada.
“Não tomei essa decisão levianamente. Como mãe e esposa, minha família vem em primeiro lugar. Sei que essa ação me sujeitará a mais ataques do príncipe Andrew e seus comparsas. Mas eu sabia que, se não prosseguisse com essa ação, estaria decepcionando minha família e as vítimas em todos os lugares”, explicou
Em 2019, o príncipe Andrew afirmou, a BBC Newsnight, que nunca tinha tido relações sexuais com Virgia, dizendo ainda que não se lembra de conhecê-la e que havia uma série de erros em seu relato. "Posso dizer categoricamente que isso nunca aconteceu", disse na ocasião.