O Exército da Indonésia encerrou os "testes de virgindade" para as recrutas femininas, anunciou nesta quinta-feira (12) o chefe do Estado-Maior, Andika Perkasa, depois que várias ONGs pediram o fim da prática.
"Antigamente fazia parte da avaliação (das recrutas), mas já não fazemos mais. O Exército sempre tenta aprender e melhorar", disse Perkasa aos repórteres.
As autoridades militares justificaram por muito tempo que eram necessários "testes com dois dedos" para verificar se o hímen das recrutas estava intacto, a fim de excluir candidatas cujo comportamento sexual poderia, segundo os comandantes do Exército, comprometer a imagem das Forças Armadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que esse tipo de teste não tem valor científico e não permite saber se uma mulher teve relação sexual.
A ONG Human Rights Watch denuncia essa prática há anos.
"Os testes de virgindade são uma forma de violência de gênero e uma prática muito criticada", disse a ONG, que também comemorou a decisão.
A Comissão Nacional de Violência contra as Mulheres saudou o anúncio e apelou à Força Aérea e à Marinha para que façam o mesmo.
Uma petição na plataforma Change.org para acabar com essa prática "dolorosa, humilhante e sem fundamentação científica" coletou cerca de 70.000 assinaturas.
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