O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reunirá em dezembro, por videoconferência, chefes de Estado e de governo para uma "cúpula pela democracia", um encontro que se apresenta como um desafio para a China e uma alternativa ao encontro tradicional do G20.
A reunião virtual, em 9 e 10 de dezembro, reunirá chefes de Estado e de governo, assim como representantes da sociedade civil e do mundo econômico "de um diverso grupo de países democráticos", informou a Casa Branca em um comunicado.
Um ano depois, Biden planeja reunir novamente os mesmos participantes, de preferência presencialmente, para avaliar os avanços sobre três questões principais: "Defesa contra o autoritarismo, combate à corrupção e promoção dos direitos humanos", segundo o texto.
A Casa Branca não especificou quais países serão convidados para esta cúpula, que se apresenta como uma alternativa ao G20 e um desafio para a China.
Os líderes do G20 - formado pelas principais economias, incluindo governos autoritários como China e Arábia Saudita - devem se reunir no final de outubro na Itália.
O convite lançado pelos Estados Unidos amplia também o marco restrito do G7, o clube das mais poderosas democracias, no qual os países emergentes e latino-americanos não estão representados.
"O desafio do nosso tempo é provar que as democracias podem melhorar as vidas de seus cidadãos e atender aos grandes problemas que o mundo enfrenta", explica o comunicado, retomando um assunto recorrente de Biden.
Reconstruir alianças
O presidente americano expressou seu desejo de assumir novamente o papel de "líder do mundo livre" que tradicionalmente é concedido ao ocupante da Casa Branca, depois das políticas de afastamento de seu antecessor Donald Trump.
O ex-presidente republicano rejeitou, em seus quatro anos na Casa Branca, qualquer abordagem multilateral em benefício das negociações bilaterais, frequentemente conflitantes.
A Casa Branca descreveu a cúpula como "uma oportunidade para os líderes mundiais de ouvirem uns aos outros e aos seus cidadãos, compartilharem conquistas, impulsionarem a colaboração internacional e falarem honestamente sobre os desafios da democracia" no mundo.
O governo dos EUA argumenta que Biden, que acaba de conquistar uma vitória importante com a aprovação no Senado de um gigantesco plano de infraestruturas, de alguma forma já está mostrando o caminho.
"Em seus primeiros seis meses no poder, o presidente reacendeu a democracia em casa ao vacinar 70% da população, aprovar um plano de recuperação econômica e fazer com que seu projeto de lei avance, com apoio bipartidário, para investir em infraestrutura e competitividade", disse a Casa Branca.
"Ele também reconstruiu nossas alianças com nossos sócios e aliados democráticos", acrescentou.
A marca de 70% se refere aos adultos que receberam pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus. Metade da população dos Estados Unidos está completamente vacinada.
Em sua viagem europeia em junho, Biden propôs às democracias ocidentais do G7 um grande plano de infraestruturas que disputará com a Iniciativa Cinturão e Rota da Seda da China e presidiu uma cúpula da OTAN para abordar o caso do país asiático de forma mais explícita do que nunca.
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