O governo de Belarus determinou aos Estados Unidos que reduzam sua presença diplomática no país, em resposta às novas sanções impostas por Washington - informou seu Ministério das Relações Exteriores nesta quarta-feira (11/8).
"Propusemos à parte americana que reduza o pessoal de sua embaixada em Minsk para cinco pessoas, até 1º de setembro", declarou o porta-voz do Ministério, Anatoli Glaz, em um comunicado, no qual denunciou as ações "abertamente hostis" dos Estados Unidos.
Um ano depois das criticadas eleições presidenciais em Belarus e da repressão ao movimento de protesto sem precedentes que se seguiu ao resultado das urnas, os Estados Unidos endureceram suas sanções, na segunda-feira (10/8), estendendo-as a outros setores da economia bielorrussa.
Além de afetar uma longa lista de funcionários, as medidas se dirigem a companhias e a empresários que "são quase parte do governo", segundo as autoridades americanas.
"Em um momento em que Washington reduz a cooperação em todos os níveis e quer asfixiar o país economicamente, não vemos sentido em uma presença tão importante da missão americana", afirmou Glaz.
Belarus também revogou sua aprovação para acreditar a nomeação de Julie Fischer como embaixadora americana no país, acrescentaram as mesmas fontes. A diplomata foi indicada no início do ano, mas nunca conseguiu assumir o cargo.
Minsk não detalhou quantos funcionários trabalham atualmente na embaixada dos EUA.
O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, negou na segunda-feira que haja repressão no país e acusou seus críticos de fomentarem "um golpe".
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