Ao menos 113 pessoas morreram pelas enchentes repentinas na noite de quarta-feira na província de Nuristão, no nordeste do Afeganistão, e outras 110 continuam desaparecidas, segundo um novo balanço comunicado neste sábado (31) à AFP.
O resultado do desastre provocado pelas chuvas torrenciais no distrito de Kamdesh, 200 km ao nordeste de Cabul, "alcança agora os 113 mortos", declarou à AFP Tamim Azimi, porta-voz do ministério afegão de gestão de catástrofes.
Além disso, "110 continuam desaparecidas, 173 casas foram totalmente destruídas, assim como dez comércios e seis pontes", acrescentou.
O saldo anterior publicado na sexta-feira era de 60 mortos e 180 desaparecidos. Saeed Momand, porta-voz do governador da província, confirmou à AFP o saldo de 113 mortos, mas afirmou que o número exato de desaparecidos ainda é desconhecido.
Esse tipo de catástrofe é frequente no país, sobretudo, nas zonas rurais pobres, onde as casas são de construção precária e se encontram em áreas de risco. As enchentes costumam deixar dezenas de vítimas a cada ano.
Uma inundação repentina matou mais de 100 pessoas em agosto de 2020 na cidade de Charikar, capital da província de Parwan.
A falta de equipamentos e de infraestrutura dificulta as tarefas de resgate e o envio de ajuda para as áreas isoladas deste país empobrecido por 40 anos de guerra e conflitos.
Esta nova tragédia se dá no momento em que o governo luta contra uma ampla ofensiva dos talibãs, que se apoderaram de extensos territórios em poucos meses. Além disso, o Afeganistão enfrenta uma terceira onda de covid-19.