Iraque

Dois foguetes atingem área próxima à embaixada americana em Bagdá

Em um comunicado publicado na quarta-feira, um denominado Comitê de Coordenação das Facções da Resistência Iraquiana denunciou uma "manipulação destinada a prolongar a presença americana no Iraque".

Dois foguetes foram lançados nesta quinta-feira (29) contra a Zona Verde de Bagdá, área de alta segurança onde fica a embaixada dos Estados Unidos, sem provocar vítimas ou danos, informou à AFP uma fonte das forças de segurança do Iraque.

O ministério do Interior confirmou "a queda de um foguete próximo à mesquita de al Rahman no bairro Mansur de Bagdá", um bairro residencial localizado perto da Zona Verde, e denunciou ações que "representam uma ameaça para os cidadãos".

Os ataques contra alvos americanos são frequentes e atribuídos habitualmente aos grupos armados pró-Irã que exigem a retirada das tropas estrangeiras do Iraque.

Os lançamentos de foguetes contra a Zona Verde acontecem no momento em que o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al Kazimi, retorna de Washington, onde obteve o anúncio do "fim da missão de combate" dos Estados Unidos no Iraque.

O presidente americano, Joe Biden, anunciou uma "nova fase" para os 2.500 militares mobilizados no Iraque, com uma missão concentrada na formação de tropas e troca de informações.

Mas não anunciou nenhuma retirada militar.

O braço político da coalizão pró-Irã celebrou o anúncio, mas não os grupos mais radicais.

Em um comunicado publicado na quarta-feira, um denominado Comitê de Coordenação das Facções da Resistência Iraquiana denunciou uma "manipulação destinada a prolongar a presença americana no Iraque".

O texto exige a saída de todas as tropas estrangeiras e a transferência das bases militares da coalizão internacional para o exército iraquiano. "A resistência vai prosseguir com suas ações até uma retirada real", completa o texto.

A coalizão internacional mobilizada no Iraque tem 3.500 soldados, incluindo 2.500 americanos.

A coalizão liderada pelos Estados Unidos busca desde 2014 ajudar as forças iraquianas na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), que foi oficialmente derrotado em 2017, mas ainda existem células adormecidas.