Afeganistão

Inundações deixam 40 mortos e 150 desaparecidos no Afeganistão

A falta de equipamentos e de infraestruturas dificulta as operações de resgate e o envio de ajuda para as zonas mais isoladas deste país empobrecido por 40 anos de guerras e conflitos.

Cerca de 40 pessoas morreram, e outras 150 estão desaparecidas, após inundações repentinas na província de Nuristão, no nordeste do Afeganistão - anunciaram autoridades locais nesta quinta-feira (29).

"Em torno de 40 pessoas morreram ontem à noite em inundações repentinas" no distrito de Kamdesh, 200 km ao nordeste de Cabul, declarou o chefe do conselho provincial, Saeedullah Nuristani, acrescentando que uma operação de resgate está em curso.

Pelo menos 150 pessoas continuam desaparecidas, e quase 80 casas foram destruídas, completou.

Já o porta-voz do governador de Nuristão, Saeed Momand, divulgou um balanço de mais de 60 mortos nestas enchentes causadas por chuvas torrenciais.

Este tipo de catástrofe é frequente no país, sobretudo, nas zonas rurais pobres. Nestas áreas, as casas são bastante precárias e construídas em zonas de risco. A cada ano, as fortes chuvas e inundações subsequentes costumam deixar dezenas de vítimas no país.

Uma inundação repentina levou ao triste balanço de mais de 100 mortos em agosto de 2020 na cidade de Charikar, capital da província de Parwan, a cerca de 60 km de Cabul.

A falta de equipamentos e de infraestruturas dificulta as operações de resgate e o envio de ajuda para as zonas mais isoladas deste país empobrecido por 40 anos de guerras e conflitos.

Esta nova tragédia se dá no momento em que o governo luta contra uma ampla ofensiva dos talibãs, que se apoderaram de extensos territórios em poucos meses. Além disso, o Afeganistão enfrenta uma terceira onda de covid-19.