As autoridades francesas reforçaram, nesta terça-feira (27), as medidas de segurança na embaixada de Cuba em Paris, alvo de um ataque com coquetéis molotov.
Na segunda-feira à noite, Cuba denunciou que sua embaixada foi alvo de um "ataque terrorista", responsabilizando os Estados Unidos pela agressão.
O corpo de bombeiros da capital francesa informou que dois artefatos incendiários foram lançados contra a sede diplomática, que sofreu danos menores.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, denunciou o ataque no Twitter. "Responsabilizo o governo dos Estados Unidos por suas campanhas contínuas contra o nosso país, que estimulam esse tipo de conduta, e pelos chamados à violência, com impunidade, a partir do seu território."
Uma porta-voz do ministério das Relações Exteriores francês disse que o governo de seu país "condena o ataque" e relatou "alguns danos materiais" e a implementação de "medidas para reforçar o sistema de segurança em torno da embaixada".
Segundo a chancelaria de Cuba, o ataque ocorreu às 23h45, com três coquetéis molotov, dois dos quais atingiram a parte externa da embaixada, e um, a interna, causando um incêndio controlado por funcionários.
Consultado pela AFP, o Ministério Público de Paris indicou na manhã desta terça-feira que havia aberto uma investigação por "degradação por substância explosiva ou dispositivo incendiário".
Nos últimos dias, foram registradas manifestações a favor e contra o governo cubano em várias capitais, duas semanas após protestos inéditos contra o governo na ilha.
Cerca de 20 países, entre eles o Brasil, uniram-se hoje ao secretario de Estado americano, Antony Blinken, em um chamado ao governo cubano para que "respeite os direitos e liberdades garantidos por lei ao povo cubano e liberte os detidos" durante as manifestações.
"As declarações do secretário de Estado dos EUA baseiam-se no apoio de um punhado de países que foram pressionados a acatar seus ditames", afirmou o chanceler cubano em outro tuíte.
"Cuba conta com o apoio de 184 nações que exigem o fim do bloqueio", apontou Rodríguez, que pediu ao governo dos Estados Unidos que apresente provas “que demonstrem essas acusações caluniosas".