Vários migrantes estavam desaparecidos na manhã desta sexta-feira (23) na costa de Creta, um dia depois de o barco em que viajavam naufragar com 45 pessoas a bordo, informaram a guarda costeira grega e o ministério da Defesa turco.
A guarda costeira grega resgatou 37 migrantes durante a noite, principalmente da Síria e do Iraque, e continua a operação de busca, apesar do vento forte, disse a polícia portuária grega à AFP.
O barco naufragou na Grécia, no limite das águas nacionais e internacionais, acrescentou a fonte.
Na área grega, um helicóptero militar Superpuma participa da busca com a ajuda de navios da guarda costeira e de um petroleiro grego com bandeira maltesa.
Na noite de quinta-feira, cinco pessoas foram transportadas de avião para a ilha grega de Karpathos e outras 30, incluindo uma criança, foram levadas de avião para Yerápetra, na costa sudeste de Creta, constatou um fotógrafo da AFP.
A guarda costeira turca começou a procurar a embarcação "depois de receber um aviso" de que ela afundou a cerca de 260 quilômetros da costa da cidade de Kas na quinta-feira, disse o ministério da Defesa turco em um comunicado.
De acordo com os sobreviventes, entre 8 e 12 outras pessoas estavam a bordo do barco que afundou 60 milhas náuticas a sudeste de Creta.
O vento forte atrapalha as operações de busca dos desaparecidos.
Todos os sobreviventes testaram negativo para a covid-19, disseram os socorristas.
Os migrantes irregulares muitas vezes usam a Turquia como porta de entrada para os países prósperos da Europa Ocidental através da Grécia.
Muitos deles contratam contrabandistas e arriscam suas vidas em viagens perigosas em embarcações precárias e sobrecarregadas.
Em 2016, a Turquia assinou um acordo com a União Europeia para conter o fluxo de migrantes para a UE.
A Turquia acolhe atualmente cerca de 3,7 milhões de refugiados sírios.