Uma pessoa próxima de Aung San Suu Kyi, a líder civil birmanesa derrubada pelo golpe de Estado de 1º de fevereiro, morreu após se infectar com covid-19 na prisão onde estava detido pela junta militar, informaram as autoridades nesta terça-feira (20/7).
Nyan Win, de 78 anos, ex-porta-voz do partido Liga Nacional para a Democracia (LND) de Suu Kyi e acusado de sedição, estava preso no presídio de Insein em Yangon, que abriga vários presos políticos.
"Foi detectado como positivo para o coronavírus em 11 de julho e transferido ao hospital", declarou Zaw Min Tun, porta-voz da junta. "Morreu nesta terça-feira às 09h00 da manhã", acrescentou.
Durante o regime militar anterior, Nyan Win foi a única pessoa que podia se reunir com Aung San Suu Kyi, que esteve em prisão domiciliar por quase 15 anos em períodos intermitentes entre 1990 e 2010.
Mianmar mergulhou no caos após o golpe militar de fevereiro, que encerrou um período democrático de dez anos.
Os protestos e greves paralisaram a economia e a administração do país, incluindo os hospitais que enfrentam agora uma onda mortal de coronavírus.
Mais de 900 civis morreram pela repressão das forças de segurança e quase 5.300 foram presos.