ECDC

Novos casos de covid-19 se multiplicarão por cinco até 1º de agosto

Se confirmadas, essas projeções igualariam os casos registrados no outono boreal de 2020 (primavera no Brasil) e em abril de 2021, quando houve grandes surtos

O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) prevê que o número de novos casos de coronavírus na região vai-se multiplicar por cinco até 1º de agosto, em comparação com o nível da semana passada.

De acordo com as previsões publicadas nesta sexta-feira (16/7) sobre sua zona de estudo, que engloba União Europeia, Noruega e Islândia, o ECDC estima que haverá 420 casos em cada 100.000 habitantes na semana que termina em 1º de agosto, contra menos de 90 registrados na semana passada.

Para a semana que termina em 8 de agosto, o ECDC prevê 620 novos casos por cada 100.000 habitantes.

Se confirmadas, essas projeções igualariam os casos registrados no outono boreal de 2020 (primavera no Brasil) e em abril de 2021, quando houve grandes surtos.

De acordo com o ECDC, o número de internações hospitalares aumentará, mas não de forma significativa, graças à vacinação.

O número de óbitos passará de 10 a cada 100.000 habitantes, contra 6,8 na semana passada.

No momento, a tendência é de alta em dois terços dos 30 países estudados pela agência europeia. O aumento de casos ocorre, principalmente, em pessoas com idades entre 15 e 24 anos.

Espanha e Portugal estão na categoria que inspira uma "preocupação elevada", e quatro (Holanda, Luxemburgo, Malta e Chipre), no grupo que gera "preocupação moderada". Os outros 24 representam um risco menor, mas sua situação também se degrada.

Na semana passada (5 a 11 de julho), o número de novos casos na UE aumentou 60%, devido à "flexibilização das medidas e ao avanço da variante Delta".

Em junho, a agência previu que essa variante representará 90% dos novos casos até o final de agosto.

Em relação à vacinação, o ECDC calcula que 63% da população de mais de 18 anos dos países analisados recebeu pelo menos uma dose da vacina, e 47,8% estavam totalmente vacinados até 11 de julho.

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