Caças

Alerta por aviões russos interrompe coletiva do chefe de governo espanhol na Lituânia

Os pilotos não apresentaram o plano de vôo e não se comunicaram com o centro de controle de tráfego aéreo regional

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, foi obrigado, nesta quinta-feira (8/7), a interromper uma entrevista coletiva em uma base militar da Lituânia, devido a um alerta provocado por caças russos.

Sánchez e o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, conversavam com jornalistas na base de Siauliai, onde há tropas espanholas em missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), quando tiveram a coletiva.

Dois aviões espanhóis decolaram como medida de precaução, depois que dois caças Sukhoi 24 foram detectados, sobrevoando as águas internacionais do mar Báltico.

"Não sei se foi uma provocação premeditada da Rússia. Não temos informação e, portanto, não me aventuraria a dizer nada a esse respeito", disse Sánchez aos repórteres, quando a coletiva de imprensa foi retomada.

De qualquer modo, o incidente "ressaltou a importância da missão da Otan e "a pertinência desta colaboração entre os diferentes países aliados no âmbito da Otan", afirmou Sánchez.

"Fomos testemunhas de um caso real e ficou demonstrada a extraordinária colaboração entre as Forças Armadas da Lituânia e da Espanha", reforçou o chefe de governo socialista.

Os aviões russos decolaram de Kaliningrado, no Báltico, e desligaram seus transponders, segundo Andrius Dilda, porta-voz da Defesa da Lituânia.

Os pilotos não apresentaram o plano de vôo e não se comunicaram com o centro de controle de tráfego aéreo regional, acrescentou Dilda.

Incidentes similares acontecem com frequência nesta região do Báltico, onde a Otan está presente desde 2004. Nesta data, as ex-repúblicas soviéticas de Estônia, Letônia e Lituânia aderiram à Aliança Atlântica, mas sem as capacidades de defesa necessárias para monitorar seu espaço aéreo.

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