TERRORISMO

Oito civis, incluindo seis crianças, mortos em ataques na Síria

O balanço deste sábado é um dos mais mortíferos desde a entrada em vigor, em março de 2020, de um cessar-fogo - negociado pela Rússia, aliada do regime, e pela Turquia, que apoia os rebeldes

Oito civis, incluindo seis crianças, foram mortos neste sábado (3) por disparos de artilharia das forças do governo sírio em uma região na província de Idlib, o último reduto rebelde no noroeste da Síria, de acordo com uma ONG.

Os disparos também deixaram 16 feridos em vários lugares na região de Khabal Al-Zawiya, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede em Londres e que possui fontes por toda a Síria.

Entre as vítimas estão cinco membros de uma mesma família - um casal e seus três filhos - no vilarejo de Iblin, duas crianças no povoado de Baliun e outra criança em Balshun, segundo o OSDH.

Em Iblin, um fotógrafo da AFP viu os corpos da família chegarem a um dispensário, embrulhados em cobertores. Uma enfermeira confirmou que cinco membros de uma família morreram.

O balanço deste sábado é um dos mais mortíferos desde a entrada em vigor, em março de 2020, de um cessar-fogo - negociado pela Rússia, aliada do regime, e pela Turquia, que apoia os rebeldes - com o objetivo de proteger este reduto dominado por islamitas contra uma ofensiva das forças do presidente Bashar Al-Assad. Cerca de 500.000 pessoas morreram em dez anos de guerra na Síria, anunciou o OSDH.

O conflito eclodiu em 2011 com a repressão por Damasco de manifestações pró-democracia e envolve vários atores regionais e grandes potências. Desde então, forçou milhões de pessoas ao exílio.