Variante Delta

Rússia descarta confinamento, apesar do quarto recorde de mortes por covid

Em todo o país, a pandemia causou desde o início mais de 5,5 milhões de casos e 136.565 mortes, segundo dados oficiais

O governo russo descartou, nesta sexta-feira (2/7), um confinamento da população, apesar de ter registrado 679 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, um recorde pelo quarto dia consecutivo no país, seriamente afetado pela variante Delta.

Segundo dados do governo, a Rússia registrou 23.218 novos casos em um dia, o número mais alto desde meados de janeiro, quando o país saía de uma segunda onda de coronavírus.

Apesar disso, o Kremlin descartou nesta sexta-feira, por enquanto, a ideia de um confinamento.

"Ninguém quer confinamentos" e a ideia de aplicá-lo "não foi discutida. Para que isso não aconteça, devemos todos nos vacinar o mais rápido possível", declarou à imprensa o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

O aumento dos casos já levou o presidente Vladimir Putin a pedir na quarta-feira (30/6) aos cidadãos russos para se vacinarem, em um discurso televisionado.

Apesar dos recordes negativos, as autoridades russas mantiveram a organização de eventos com multidões, como é o caso da Eurocopa em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país, onde se disputa nesta sexta-feira uma partida das quartas de final entre Espanha e Suíça.

São Petersburgo registrou hoje 101 mortes pelo coronavírus, um pouco menos que o recorde de 119 mortes diárias registrado esta semana.

O prefeito de Moscou, Serguéi Sobianin, afirmou que a variante Delta, surgida inicialmente na Índia, é responsável por 90% dos novos casos registrados na capital russa.

Moscou, principal foco da doença, registrou 112 mortes nas últimas 24 horas, níveis próximos aos recordes alcançados esta semana.

Em todo o país, a pandemia causou desde o início mais de 5,5 milhões de casos e 136.565 mortes, segundo dados oficiais.

A agência de estatística Rosstat, que tem uma definição mais ampla das mortes provocadas pelo coronavírus, contabiliza 270.000 óbitos até o final de abril.

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