Direito dos animais

Polêmica na Itália pela venda de javalis capturados na propriedade presidencial

A Organização Internacional para a Proteção Animal (OIPA) classificou o assunto como "pouca ética ao tratar os animais como meros objetos"

Um grupo de defensores dos direitos dos animais protestou nesta quinta-feira (1/7) contra o leilão de javalis capturados em uma das residências de verão da Presidência da República Italiana.

A tradicional captura de javalis na residência de Castelporziano, nos arredores de Roma, geralmente começa todo 1º de agosto.

Em média, 852 javalis são capturados, segundo o secretário-geral da Presidência, que confirmou no mês passado a realização do leilão tradicional.

No entanto, a Organização Internacional para a Proteção Animal (OIPA) lamentou em um comunicado a venda desse animal selvagem, que descreveu como "pouca ética ao tratar os animais como meros objetos".

Os javalis, que se multiplicaram notavelmente nos últimos anos, se tornaram um problema porque foram transferidos das florestas para os subúrbios de Roma, particularmente atraídos pelo lixo que transborda.

O preço médio é de 110 euros (130 dólares) por javali adulto, 60 euros (71 dólares) por javali jovem, segundo o secretário-geral da Presidência.

Os animais comprados vivos "depois vão para os matadouros para que terminem em um prato", lamentou a OIPA, que considera "triste" o fim desses animais selvagens.

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