O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, expressou na segunda-feira (12/7) "todo o apoio" de seu governo "ao governo revolucionário de Cuba", após os protestos em massa contra o governo cubano na ilha.
"Daqui ratifico, como lhe disse ontem pelo telefone: todo o apoio ao presidente Miguel Díaz-Canel, todo o apoio ao povo de Cuba, ao governo revolucionário cubano. Cuba seguirá em frente", expressou o venezuelano durante reunião com parlamentares.
Milhares de cubanos, cansados da crise econômica, agravada pela escassez de alimentos e remédios, o que obrigou o governo a racionar a energia elétrica durante várias horas por dia, saíram espontaneamente às ruas no domingo em dezenas de cidades do país, aos gritos de "Estamos com fome", "Liberdade" e "Abaixo a ditadura".
Uma mobilização sem precedentes em Cuba, onde as únicas concentrações autorizadas são do Partido Comunista no poder.
O presidente Díaz-Canel garantiu na segunda-feira que os Estados Unidos estão por trás destas manifestações e acusou os americanos de realizarem "uma política de asfixia econômica para provocar surtos sociais no país".
Maduro comparou as sanções americanas impostas à Venezuela -que incluem um embargo petroleiro- com o "bloqueio" a Cuba.
"Estão aplicando o mesmo método de asfixia a Cuba, de perseguição, durante 60 anos. Agora o império americano sai para falar bobagem, se os Estados Unidos e os opositores extremistas (...) realmente querem aliviar e ajudar o povo cubano, que levantem imediatamente todas as sanções e o bloqueio contra o povo cubano", afirmou Maduro, o principal aliado internacional de Havana.
Washington e a União Europeia pediram publicamente que Cuba permita as manifestações de seu povo.
Os laços entre Havana e Caracas se estreitaram durante o governo do falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013), que considerava o líder cubano Fidel Castro seu padrinho político.
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