Imunizantes

Israel aplica terceira dose da vacina anticovid nos mais vulneráveis

Campanha permitiu administrar o regime completo de duas doses da vacina a mais de 55% da população, incluindo cerca de 85% dos adultos

Agência France-Presse
postado em 12/07/2021 13:52 / atualizado em 12/07/2021 13:53
 (crédito: EMMANUEL DUNAND / AFP)
(crédito: EMMANUEL DUNAND / AFP)

Israel começou, nesta segunda-feira (12/7), a administrar uma terceira dose da vacina anticovid em pacientes com risco imunológico, após o aumento dos casos de coronavírus devido à disseminação da variante Delta.

O Estado hebreu foi um dos primeiros países do mundo a lançar uma ampla campanha de vacinação em meados de dezembro graças a um acordo com a gigante farmacêutica Pfizer, que rapidamente abasteceu o país com milhões de doses em troca da coleta de dados sobre os efeitos de sua vacina, que foi desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia BioNTech.

Esta campanha permitiu administrar o regime completo de duas doses da vacina a mais de 55% da população, incluindo cerca de 85% dos adultos, o que favoreceu a reabertura de cafetarias, bares e estabelecimentos comerciais, bem como a redução do número de casos de covid-19, que passou de 10 mil para menos de 100 por dia.

Mas, nas últimas semanas, as infecções aumentaram devido à propagação da variante Delta do vírus, que é mais contagiosa, o que obrigou as autoridades a voltarem a impor algumas medidas sanitárias, como o uso obrigatório da máscara em locais públicos fechados.

Diante do avanço da nova cepa, o ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira que havia autorizado a inoculação de uma terceira dose da vacina Pfizer para algumas pessoas que apresentam risco imunológico e que não responderam bem às duas administradas para se protegerem da covid-19.

"Há evidências crescentes de que os pacientes imunossuprimidos não desenvolvem um nível satisfatório de anticorpos mesmo após duas doses da vacina contra o coronavírus. Alguns podem desenvolver esses anticorpos apenas após três doses", disse o ministério em um comunicado.

"Diante do aumento do número de casos nas últimas semanas e do alto risco que representa para os pacientes imunossuprimidos com doenças graves, eles agora podem receber uma terceira dose da vacina", acrescentou a administração sanitária.

O ministério publicou uma lista com os tipos de pacientes que podem precisar de uma terceira dose, como aqueles que fizeram um transplante de órgão.

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