Fabricante de automóveis

Mitsubishi paga multa de 25 milhões de euros na Alemanha pelo 'Dieselgate'

A multa recebida por Mitsubishi "estabelece que no passado houve violações devido à negligência das tarefas de supervisão relacionadas aos procedimentos de aprovação", disse o porta-voz

Agência France-Presse
postado em 12/07/2021 11:39 / atualizado em 12/07/2021 11:39
 (crédito: Mitsubishi Eletric/Twitter)
(crédito: Mitsubishi Eletric/Twitter)

A fabricante de automóveis japonesa Mitsubishi Motors confirmou, nesta segunda-feira (12/7), que pagou uma multa de 25 milhões de euros ordenada pela Justiça alemã no escândalo do "Dieselgate".

"O Ministério Público de Frankfurt impôs uma multa" de 25 milhões de euros em 25 de março, multa da qual "não recorremos", declarou à AFP um porta-voz da fabricante no Japão, destacando que a Mitsubishi Motors pagou a quantia "antes do fim de março".

A agência Bloomberg informou na sexta-feira (9/7) que, com o pagamento da multa, a sócia da Renault e Nissan encerrou uma investigação da Justiça alemã, que em 2020 realizou operações de busca em vários locais da empresa.

A Justiça alemã acusava a Mitsubishi de ter vendido veículos que não estavam de acordo com as normas, devido a uma falta de "supervisão" de gerentes intermediários do grupo.

A fabricante japonesa afirmou que não cometeu "nenhuma fraude" nos níveis de poluição de seus motores diesel depois dessas denúncias, concentradas especialmente em seus motores diesel de 1,6 e 2,2 litros certificados segundo as normas EURO 5b e 6b.

O grande escândalo dos motores diesel manipulados veio à tona em 2015, quando a fabricante alemã Volkswagen admitiu ter equipado 11 milhões de veículos com programas de computador capazes de distorcer o nível das emissões.

Outros fabricantes de automóveis também foram acusados, de Daimler até Fiat Chrysler, passando pelos franceses Renault e PSA (entre eles sua marca alemã Opel), e inclusive o fornecedor alemão Bosch.

A multa recebida por Mitsubishi "estabelece que no passado houve violações devido à negligência das tarefas de supervisão relacionadas aos procedimentos de aprovação", disse o porta-voz.

"Não foi comprovada a violação desses procedimentos consciente ou deliberadamente", e o MP de Frankfurt "não identificou nenhum comportamento intencional ou fraudulento", acrescentou.

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