Taipé, Taiwan - Taiwan anunciou, nesta sexta-feira (9/7), que 11 suspeitos procurados na investigação do assassinato do presidente haitiano, Jovenel Moise, invadiram o perímetro de sua embaixada em Porto Príncipe, antes de serem detidos pela polícia local.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Taiwan, Joanne Ou, disse que a embaixada foi fechada na quarta-feira "por razões de segurança", após o assassinato. "Em 8 (de julho), de madrugada, a segurança da embaixada descobriu que um grupo de homens armados havia entrado à força no pátio da embaixada", relatou a porta-voz à AFP. "O pessoal da segurança informou imediatamente o pessoal da embaixada e a polícia haitiana", acrescentou.
"A pedido do governo haitiano e para ajudar na detenção dos suspeitos, a embaixada deu permissão à polícia haitiana para entrar no perímetro da embaixada", explicou.
Em um comunicado publicado em sua página na Internet, a embaixada de Taiwan em Porto Príncipe descreveu os indivíduos como "mercenários" e suspeitos do assassinato. "A polícia lançou uma operação por volta das 16h locais (17h de quinta-feira em Brasília) e conseguiu prender 11 suspeitos", disse a embaixada em seu comunicado. "A operação foi realizada com sucesso", continua a nota, que também classifica o assassinato como "cruel e bárbaro".
A embaixada de Taiwan no Haiti fica perto da residência, onde o presidente foi assassinado.
O Haiti é um dos 15 países do mundo que concedem reconhecimento diplomático a Taiwan, e não à República Popular da China. Pequim considera Taiwan parte de seu território, embora a ilha siga seu próprio destino desde 1949. As relações se deterioraram com a chegada ao poder em Taiwan, em 2016, da presidente Tsai Ing-wen. Seu partido é tradicionalmente hostil à China, cujo governo tenta isolar Taipei no plano internacional.
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