Crime por homofobia

Quarto suspeito é preso na Espanha por homicídio do jovem Samuel Luiz

O rapaz foi encontrado inconsciente perto de uma boate, devido aos golpes. Os socorristas tentaram reanimá-lo durante horas, mas ele não resistiu, falecendo na manhã de sábado

Agência France-Presse
postado em 08/07/2021 09:57 / atualizado em 08/07/2021 09:57
 (crédito: Redes sociais)
(crédito: Redes sociais)

Uma quarta pessoa foi detida na Espanha pelo espancamento até a morte de Samuel Luiz, um jovem homossexual de origem brasileira, na cidade de La Coruña, um crime que chocou o país - informou a polícia nesta quinta-feira (8/7).

Na última terça-feira (6/7), três jovens - dois garotos e uma garota - foram presos como supostos autores do homicídio de Samuel. Este técnico de enfermagem de 24 anos morreu no sábado (2/7), após ser duramente agredido nesta cidade da Galícia (noroeste).

Como explicou a polícia à AFP, o quarto detido é um jovem, com idade entre 20 e 25 anos, suspeito do assassinato.

O preso, segundo a polícia, é "amigo dos outros três" e, assim como os demais, "não conhecia a vítima". Por esta circunstância, as autoridades ainda não se aventuram a categorizar o crime como homofóbico, mantendo "todas as hipóteses" em aberto.

Samuel Luiz foi encontrado inconsciente perto de uma boate, devido aos golpes. Os socorristas tentaram reanimá-lo durante horas, mas ele não resistiu, falecendo na manhã de sábado. A investigação continua e o caso é mantido em sigilo.

De pai brasileiro e nascido no Brasil, Samuel Luiz foi espancado na rua por várias pessoas ao longo de mais de 200 metros. De acordo com os primeiros elementos da necropsia, ele morreu por um traumatismo cranioencefálico grave causado por um chute na cabeça, informou a imprensa local.

Seu pai, Maxsoud Luiz, disse ao canal espanhol Antena 3 que seu filho estava com três amigas na hora do ocorrido.

O crime gerou uma onda de indignação na Espanha e deflagrou manifestações de condenação em Madri e em La Coruña, justo no momento em que se acabava de celebrar a semana do Orgulho LGBTQIA+.

Seu círculo mais próximo garante que os agressores agiram por "pura homofobia" e o atacaram aos gritos de "bicha".

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