The Guardian e seu próximo livro

Trump faz suposição que Hitler 'fez muitas coisas boas', segundo novo livro

O ex-presidente fez o comentário enquanto Kelly estava dando uma lição improvisada de história durante uma visita à Europa em 2018, para os atos de celebração do final da Primeira Guerra Mundial

Agência France-Presse
postado em 07/07/2021 13:54 / atualizado em 07/07/2021 13:54
 (crédito: Eva Marie Uzcategui)
(crédito: Eva Marie Uzcategui)

O magnata imobiliário Donald Trump, durante uma visita à Europa enquanto era presidente dos Estados Unidos, disse ao seu chefe de gabinete que "Hitler fez muitas coisas boas", informou nesta quarta-feira (7/7) o jornal britânico The Guardian, citando um próximo livro.

Segundo as informações, o então chefe de gabinete de Trump, John Kelly, ficou "atônito" com o comentário. Essa conversa é relatada no próximo livro, "Francamente, vencemos esta eleição" (tradução livre), de Michael Bender, do jornal americano The Wall Street Journal, disse o veículo britânico.

O The Guardian afirmou que obteve uma cópia do livro antes de sua publicação na próxima semana.

Segundo as informações, Trump - que deixou o poder em janeiro passado - fez o comentário enquanto Kelly estava dando uma lição improvisada de história durante uma visita à Europa em 2018, para os atos de celebração do final da Primeira Guerra Mundial.

De acordo com o livro, Kelly "lembrou ao presidente quais países estavam de qual lado durante o conflito" e "ligou os pontos da Primeira Guerra Mundial até a Segunda Guerra Mundial e todas as atrocidades de Hitler".

"Bom, Hitler fez muitas coisas boas", teria dito Trump então.

Supostamente, Kelly "disse ao presidente que estava equivocado, mas Trump não se calou", enfatizando a recuperação econômica alemã sob o mandato de Hitler durante a década de 1930.

Kelly, um ex-general do Corpo de Fuzileiros Navais, que deixou a Casa Branca no início de 2019, "respondeu de novo", segundo o The Guardian citando Bender, para argumentar que "o povo alemão teria ficado melhor pobre do que submetido ao genocídio nazista" e sentenciou que "não podia" dizer "nada a favor" de Hitler.

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