A tempestade tropical Elsa avança, nesta terça-feira (6/7), para a Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, depois de passar por Cuba com chuvas torrenciais e ventos fortes, mas sem registrar maiores danos.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) informou que a tempestade se dirigia para a costa oeste da Flórida a 19 km/h com "as condições começando a se deteriorar" no Florida Keys, o arquipélago no extremo sul do estado.
O centro emitiu um alerta de furacão "para partes da costa oeste da Flórida" às 05h00 (06h00 no horário de Brasília).
Elsa deixou rastros de destruição pelo Caribe, com um saldo de ao menos três mortes, e deve ganhar força depois que seguiu em direção ao mar pela costa noroeste de Cuba, na segunda-feira à noite.
"Temos a previsão de um fortalecimento lento até esta noite, e Elsa poderia estar perto da força de um furacão antes que toque terra na Flórida", disse o NHC.
Mais de 100.000 pessoas foram evacuadas de áreas costeiras ou baixas em Cuba. O instituto meteorológico Insmet informou que Elsa registrou ventos de até 100 km/h em sua passagem pela ilha.
As previsões mudaram e parece que Elsa se dirige mais ao oeste e, portanto, a península da Flórida evitará o pior da tempestade.
Em Surfside, na costa leste da Flórida, as autoridades demoliram no domingo (4/7) à noite a parte que ainda restava de pé do prédio residencial que desabou parcialmente há quase duas semanas, por medo de que Elsa derrubasse a estrutura.
A prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, disse na segunda-feira (5/7) à CNN que os socorristas estavam "muito esperançosos" de que, diante da mudança de rota de Elsa, não teriam que interromper as tarefas de busca por sobreviventes.
Estado de alarme
Elsa deve se aproximar do Florida Keys nesta terça-feira, enquanto viaja para o norte.
O NHC informou que Elsa tinha ventos máximos sustentados de mais de 80 km quando passava perto de Havana, no noroeste da ilha.
Nas províncias de Havana, Mayabeque e Artemisa, foi decretado o estado de alarme e milhares de pessoas tiveram que sair de suas casas, uma tarefa complexa em meio à pior onda de covid-19 em Cuba.
"A proteção contra Elsa não pode significar falta de proteção contra a covid", afirmou na segunda-feira o primeiro-ministro, Manuel Marrero.
Os estabelecimentos comerciais fecharam as portas em Havana e a circulação foi restrita aos veículos da defesa civil.
Os efeitos da tempestade serão perceptíveis na ilha nas próximas 48 horas, com chances de inundações, disse o Insmet.
"Pode gerar grandes inundações repentinas e deslizamentos de terra", alertou também o NHC.
Elsa deixou, até o momento, três vítimas mortais, duas na República Dominicana e uma em Santa Lúcia, durante sua passagem pelo Caribe, segundo a Agência de Gestão de Emergências de Desastres do Caribe (CDEMA).
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, disse no domingo no Twitter que houve danos apenas nos cultivos agrícolas.
Essa é a primeira vez que a quinta tempestade com nome da temporada, que geralmente só chega a partir de agosto, atinge tão cedo a região.
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