As autoridades da cidade de Atami, na região central do Japão, continuam tentando, nesta terça-feira (6/7), estabelecer o número de vítimas do grande deslizamento de terra que destruiu dezenas de casas no sábado (3/7), enquanto diminuem as esperanças de encontrar sobreviventes.
O balanço oficial de mortes continua em quatro, mas o período de 72 horas após a catástrofe, considerado crítico por especialistas para encontrar pessoas com vida, terminou nesta manhã.
Duas pessoas foram encontradas durante a tarde, "inconscientes", informou o canal estatal NHK, sem explicar se estavam vivas, ou mortas.
O número de pessoas com paradeiro desconhecido era de mais de 100 no início das operações, mas as autoridades conseguiram localizar a maioria delas e confirmaram que estavam a salvo.
"Agora o número de pessoas com paradeiro desconhecido é 29", declarou Takamichi Sugiyama, porta-voz da prefeitura de Shizuoka, onde fica a cidade de Atami.
"Quanto mais o tempo passa, mais difícil é resgatar as pessoas, mas continuaremos nossa busca para tentar salvar o maior número de vidas possível", afirmou.
O prefeito de Atami, Sakae Saito, disse estar rezando "para que possamos encontrar todas as pessoas que for possível".
As autoridades tiveram dificuldades para localizar algumas pessoas, porque muitas casas da área são utilizadas como residências secundárias. Os idosos com imóveis nesta área às vezes moram em outros lugares, como centros especializados.
As autoridades anunciaram na segunda-feira (5/7) que uma das vítimas identificadas era Chiyose Suzuki, de 82 anos. Ela não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.
Seu filho mais velho, de 56 anos, declarou à agência de notícias Kyodo que lamenta não ter conseguido retirar a mãe, que tinha dificuldades para caminhar, quando a polícia ordenou a evacuação.
"Deveria ter retornado e a retirado eu mesmo", disse.
O deslizamento de terra aconteceu no sábado, após vários dias de fortes chuvas em Atami, um balneário cercado por montanhas a 90 quilômetros de Tóquio.
A avalanche de lama, em várias ondas, arrastou postes de energia elétrica, enterrou veículos e derrubou casas. No total, 130 edifícios foram destruídos, ou danificados.
Três dias após a catástrofe, Atami tem um cenário de desolação, com várias casas destruídas, veículos tombados e ruas intransitáveis.
Imagens filmadas de helicópteros mostram um rio de lama e de rochas de quase dois quilômetros que segue até o mar.
Os 1.100 socorristas mobilizados retomaram os trabalhos de busca e continuavam tentando abrir caminho entre os escombros.
Grande parte do Japão está em plena temporada de chuvas, o que provoca inundações e deslizamentos de terra.
De acordo com os cientistas, o fenômeno é agravado pela mudança climática, pois a atmosfera mais quente retém mais água e aumenta o risco e a intensidade das chuvas.
Atami registrou 313 mm de chuva em 48 horas na sexta-feira (2/7) e no sábado (3/7). A média de julho nos últimos anos foi de 242 mm.
Saiba Mais
- Blogs Redirect A noite em que Lionel Messi pode superar Pelé no Mané Garrincha - Blog Drible de Corpo
- Brasil Região metropolitana do Rio tem 2 casos da variante Delta
- Economia Atividade industrial cai em maio, mas está acima de antes da pandemia
- Brasil MJ prorroga presença da Força Nacional na Terra Indígena Enawenê-Nawê
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.