Um procurador que cuida de casos de corrupção no Peru iniciou investigação sobre Keiko Fujimori por supostas ligações com o ex-assessor de Inteligência do país Vladimiro Montesinos, hoje preso. Segundo áudios, ele teria tentado subornar membros do Tribunal Eleitoral do país para favorecer a candidata de direita nas eleições.
Fujimori, que falou sobre a investigação no Twitter, disse que não tem relação com o caso das conversas telefônicas de Montesinos, um novo tema controverso e que se soma ao intrincado processo eleitoral peruano, que ainda não tem os resultados oficiais sobre quem será o próximo governante, quase um mês depois de sua realização.
Para declarar o vencedor das eleições, que segundo a contagem de votos é o socialista Pedro Castillo, o Tribunal Eleitoral deve resolver antes todos os pedidos de impugnação, a maioria apresentados sem grandes provas por Fujimori.
De acordo com os áudios divulgados recentemente pela imprensa local, Montesinos, que foi um colaborador muito próximo do ex-presidente Alberto Fujimori, pai de Keiko, propôs de dentro da prisão subornar três membros do tribunal para reverter as eleições.
"O procurador, que já pediu minha prisão quatro vezes, volta ao ataque, abrindo investigação pelos áudios armados por Montesinos e seus amigos, me acusando de lavagem de dinheiro", disse Keiko Fujimori em um tuíte. "Me envolvendo por conversas com gente que não tem nenhuma relação comigo".
O procurador é José Pérez, que apresentou acusações contra Fujimori por um caso no qual ela é acusada de receber US$ 1,2 milhão da construtora brasileira Odebrecht para suas campanhas políticas entre 2011 e 2016.
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