Reino Unido

Serviço diplomático britânico pede desculpas por banimento de empregados LGBTs

Proibição estava em vigor porque havia uma percepção de que as pessoas LGBT eram mais suscetíveis à chantagem e, portanto, representavam um risco à segurança

Jonatas Martins*
postado em 05/07/2021 19:34
 (crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

O Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido pediu desculpas oficiais pela lei que proibia pessoas LGBTQIA+ de trabalharem no serviço diplomático e ficou em vigor até julho de 1991. O anúncio foi divulgado nesta segunda-feira (5/7) pelo órgão.

Em mensagem enviada aos funcionários, Philip Barton, chefe do Serviço Diplomático, contou que “a proibição estava em vigor porque havia uma percepção de que as pessoas LGBT eram mais suscetíveis do que suas contrapartes heterossexuais à chantagem e, portanto, representavam um risco à segurança”.

Para ele, essa “visão equivocada” privou o serviço diplomático britânico dos brilhantes talentos do país. “Quero me desculpar publicamente pela proibição e pelo impacto que teve sobre nossa equipe LGBT e seus entes queridos, tanto aqui no Reino Unido quanto no exterior”, disse Barton.

O Chefe do Serviço Diplomático considerou que o órgão fez progresso no incentivo à diversidade e à inclusão dos seus trabalhadores nos últimos 30 anos desde o fim da lei. “Presto homenagem a todos os nossos funcionários LGBT - do passado e do presente - que ajudaram a garantir a mudança dentro do Serviço Diplomático, enquanto representavam seu país com profissionalismo e dedicação”, afirmou.

O Secretário de Relações Exteriores, Dominic Raab, disse: “Sou grato aos diplomatas LGBT do Reino Unido, do passado e do presente, que tão brilhantemente representam nosso país e promovem nossos valores em todo o mundo”.

Raab ainda ressaltou que o país “defende os direitos LGBT porque acreditamos que a liberdade e a tolerância são uma fonte de força nas comunidades locais e internacionais”.

Atualmente, o Reino Unido será co-anfitrião de uma conferência da Coalizão Intergovernamental de Direitos Iguais, um grupo de países que se comprometem com a proteção e promoção da igualdade de gênero. O evento lançará uma nova estratégia para aumentar a cooperação internacional sobre os direitos LGBTQIA+

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