A China criticou os "métodos de gangster" dos Estados Unidos depois da aprovação de novas sanções contra empresas chinesas, acusadas por Washington de recorrerem à mão de obra forçada na região de maioria muçulmana de Xinjiang (noroeste).
"Esses são métodos de gangster que anulam a propriedade do outro", lamentou nesta sexta-feira (25/6) em coletiva de imprensa Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
"As vítimas dessas ações americanas, no final, serão os habitantes de Xinjiang e seu direito de sobreviver e se desenvolver. Isso cria uma pobreza forçada, desemprego forçado", denunciou.
A Casa Branca anunciou na quinta-feira (24/6) que proibiu a importação de materiais para painéis solares fabricados pela sociedade Hoshine Silicon Industry e impôs sanções comerciais a outras quatro empresas.
Em um comunicado, alegou que o uso de mão de obra forçada era parte do esforço sistemático de Pequim para reprimir milhões de uigures - a etnia mais numerosa de Xinjiang e majoritariamente muçulmana - , uma prática que inclui, segundo Washington, torturas, violência sexual e detenções em massa em campos de trabalho.
A China alega que são "centros de treinamento profissional" para ajudar a população a encontrar emprego e se afastar do extremismo islâmico.
As autoridades americanas já haviam bloqueado a importação de produtos capilares, algodão, peças informáticas ou material têxtil fabricado nessa região.