Cisjordânia

Morre ativista de direitos humanos detido pela Autoridade Palestina

Banat é conhecido por seus vídeos postados no Facebook. Neles, critica a Autoridade Palestina liderada por Mahmud Abbas, a quem acusa de corrupção

O ativista palestino de direitos humanos Nizar Banat morreu nesta quinta-feira (24/6), horas depois de sua prisão por parte da Autoridade Palestina na Cisjordânia ocupada - informou uma autoridade local, sem especificar as causas de sua morte.

A família do ativista de 43 anos acusou as forças de segurança palestinas de "agredi-lo na cabeça com pedaços de pau e ferro" e de "assassiná-lo deliberadamente", em uma declaração publicada no site de notícias palestino Quds.

Banat foi preso ao amanhecer na região de Hebron (sul da Cisjordânia), onde vivia, pelas forças de segurança, disse o governador local, Jibrin al Bakri, que não especificou o motivo da prisão.

Durante a detenção, "seu estado de saúde se deteriorou, e ele foi levado imediatamente para o hospital de Hebron, onde os médicos o examinaram e onde (...) foi declarado morto", acrescentou Bakri.

Procuradas pela AFP, as forças de segurança palestinas não quiseram comentar o caso.

Banat é conhecido por seus vídeos postados no Facebook. Neles, critica a Autoridade Palestina liderada por Mahmud Abbas, a quem acusa de corrupção.

Foi candidato às eleições legislativas palestinas que seriam realizadas em maio e acabaram sendo adiadas por Abbas.

Em maio, a representação da União Europeia ante os palestinos manifestou sua "preocupação", após uma batida policial na casa do ativista.

Em novembro de 2020, expressou seu alarme depois que Banat foi detido por quatro dias por publicar um vídeo crítico da Autoridade Palestina.

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