Quatro oponentes da junta militar foram mortos na terça-feira (22/6), e vários membros das forças de segurança ficaram feridos em Miammar, em um contexto de alta tensão desde o golpe de 1º de fevereiro que derrubou Aung San Suu Kyi.
Os confrontos começaram durante uma operação do Exército e da polícia em uma casa em Mandalay, a segunda maior cidade do país.
Quatro "terroristas" morreram, e oito foram detidos em posse de minas artesanais, granadas e armas leves, disse o conselho em um comunicado.
"Membros das forças de segurança ficaram gravemente feridos", acrescentou.
Desde o golpe, que pôs fim a um período democrático de dez anos, Mianmar tem sido palco de manifestações, greves gerais que paralisaram a economia e confrontos cada vez mais importantes e letais entre o Exército e grupos étnicos rebeldes.
As forças de segurança reprimem à força a mobilização pró-democracia, e mais de 870 civis foram mortos, incluindo crianças, segundo a Associação de Ajuda aos Presos Políticos (AAPP).
Mais de 5.000 pessoas foram presas, e as ONGs denunciaram casos de execuções extrajudiciais, tortura e violência contra as mulheres.
Essa violenta repressão levou muitos oponentes da junta a formar uma "Força de Defesa do Povo" (PDF), composta por civis que enfrentam as forças de segurança com armas caseiras.
Mas essas milícias dificilmente podem rivalizar com o Exército e seus poderosos recursos.