Paris, França -
França e Japão, entre outros países, relaxaram neste domingo (20) suas medidas contra a covid-19 à medida que a situação sanitária melhora, uma perspectiva ainda muito distante no Brasil, que superou os 500.000 mortos no sábado.
No Brasil, que ontem se tornou o segundo país do mundo, depois dos Estados Unidos, a superar a marca das 500.000 mortes por covid-19, o recente aumento dos óbitos diários confirma a chegada de uma terceira onda.
O último dado do ministério da Saúde, que segundo muitos epidemiologistas está subestimado, é de 500.800 mortos, com 2.301 registrados nas últimas 24 horas.
Nesta semana, a média semanal de mortes diárias superou as 2.000 pela primeira vez desde 10 de maio no país, que recebe a Copa América de futebol desde domingo passado.
A situação é crítica em 19 dos 27 estados brasileiros, com mais de 80% dos leitos de cuidados intensivos ocupados, e 90% em oito deles.
A campanha de vacinação no Brasil começou tarde, em meados de janeiro, e somente 29% da população recebeu pelo menos uma dose, enquanto 11,36% está totalmente vacinada.
- Um bilhão de doses -
A China, por sua vez, já administrou mais de um bilhão de doses da vacina contra o coronavírus, anunciou neste domingo o ministério da Saúde, sem especificar a porcentagem da população que já recebeu a imunização completa.
O número representa mais de um terço da quantidade de doses injetadas em todo o mundo (2,5 bilhões), segundo uma contagem da AFP na sexta-feira a partir de fontes oficiais.
Na França, três dias depois do fim da obrigação de usar máscara ao ar livre, a vida parecia quase normal. Neste domingo está previsto o fim do toque de recolher que começou há oito meses.
Um dos países europeus mais afetados pelo vírus, com mais de 110.000 mortes, a França foi um dos últimos a manter essa medida, junto com Itália e Grécia. Outros países europeus, como Alemanha e Espanha, estão avançando para um levantamento gradual da obrigação do uso de máscara.
Na China, onde o vírus está praticamente erradicado há mais de um ano graças às quarentenas obrigatórias, controles em massa e aplicativos de celulares para controlar os deslocamentos, as autoridades pedem à população para se vacinar.
O gigante de 1,4 bilhão de habitantes registrou apenas 23 novos casos de covid em 24 horas, todos eles de pessoas vindas do exterior, que foram colocadas em quarentena.
Já a capital russa registrou no sábado um novo recorde de infecções pelo segundo dia consecutivo, com 9.120 em 24 horas.
Moscou contabilizou na véspera 9.056 novos casos, contra os aproximadamente 3.000 diários de duas semanas atrás.
Este surto de covid-19 se deve, segundo as autoridades, à variante Delta, surgida na Índia e que ameaça transbordar os hospitais de Moscou.