O Ministério Público francês pediu, nesta quinta-feira (17/6), uma pena de um ano, incluindo seis meses de prisão em regime fechado, para o ex-presidente Nicolas Sarkozy por ter excedido o valor máximo de gastos autorizados durante a campanha eleitoral de 2012.
Sarkozy administrou com "total descuido" as finanças de uma campanha de "ouro maciço", considerando que duplicou o limite legal de gastos, escreveram os promotores encarregados do caso.
O MP solicitou ainda uma multa de 3.750 euros. Sarkozy, ausente da audiência, está em julgamento desde 20 de maio.
Ele enfrenta estas acusações junto com outros 13 réus. Para estes, foram solicitadas sentenças de 18 meses a quatro anos de prisão.
Os promotores pediram uma pena de prisão suspensa de três anos e uma multa de 50 mil euros para o ex-vice-diretor de campanha, Jérôme Lavrilleux, o único a ter reconhecido a fraude.
Contra os três ex-executivos da Bygmalion, empresa encarregada dos comícios de Nicolas Sarkozy, que admitiu ter aceitado a instauração do sistema de faturas falsas, foram solicitados dezoito meses de prisão com sursis.
No início de março, Sarkozy tornou-se o primeiro ex-presidente desde 1958 a ser condenado à prisão: foi condenado a três anos de prisão, dois dos quais com sursis, por corrupção e tráfico de influência, e apelou.