A companhia aérea de baixo custo Ryanair e vários aeroportos britânicos vão mover uma ação judicial contra o governo de Boris Johnson nesta quinta-feira (17/6) para obter mais transparência sobre o sistema de restrições às viagens internacionais, devido à pandemia da covid-19.
A ação será apresentada pela manhã, disse à AFP o grupo MAG, que administra os aeroportos de Manchester e Stansted, em Londres, entre outros.
A MAG especificou que, além da Ryanair, outras companhias aéreas deverão apoiar o procedimento e serem citadas nos autos.
Seu objetivo é obrigar o governo britânico a detalhar os critérios para decidir quais países são colocados nas listas "verde", "âmbar" e "vermelha" que regem as viagens internacionais do Reino Unido em meio à pandemia.
Nas últimas semanas, o setor aéreo criticou reiteradamente incoerências e mudanças repentinas de governo, afirmando que as viagens para os destinos ensolarados da Europa são seguras à luz dos avanços na vacinação e da queda do número de casos.
Desde a retirada de Portugal, nenhum grande país turístico europeu está na lista "verde", o que permite o retorno ao Reino Unido sem precisar cumprir quarentena.
Espanha, Itália, Grécia e França, e agora Portugal, estão na lista "âmbar", que obriga os viajantes procedentes destes países a ficarem até dez dias em quarentena e a se submeterem a um mínimo de dois testes de covid-19.
A lista "vermelha" permite apenas a chegada de cidadãos britânicos, ou de residentes legais, que devem ficar em quarentena no hotel, custeando a própria hospedagem.
Para o diretor-geral da Ryanair, Michael O'Leary, "o sistema britânico que regula o tráfego foi um completo desastre desde o início".