A França dará passos largos para a normalidade esta semana, com o fim da obrigatoriedade de usar máscara ao ar livre a partir de quinta-feira (17) e o levantamento do toque de recolher no domingo (20) anunciados pelo governo.
Essas decisões, declaradas a quatro dias das eleições regionais que se anunciam difíceis para o governo, foram tomadas porque a situação sanitária "melhora mais rápido do que havíamos previsto", justificou nesta quarta-feira (16) o primeiro-ministro Jean Castex, após uma reunião do Conselho de Defesa e do Conselho de Ministros.
O país de 67,1 milhões de habitantes registrou na terça-feira 3.200 novos casos de covid-19, o nível mais baixo desde agosto de 2020, e conta com ao menos 30,7 milhões de pessoas vacinadas com a primeira dose e 16,7 milhões delas já completamente imunizadas.
"É normal que ajustemos nossas medidas", disse o primeiro-ministro francês.
Sendo assim, a partir de quinta-feira o uso de máscara não será mais obrigatório ao ar livre, exceto em circunstâncias específicas, como encontros entre muitas pessoas, lugares muito movimentados ou estádios.
Já em espaços fechados, sua obrigatoriedade será mantida em vigor em comércios, escritórios, transportes etc.
Além disso, o toque de recolher será levantado no domingo, que atualmente estava marcado para 23h00 (horário local), mas que nos momentos mais devastadores da epidemia chegou a alcançar 18h00.
O fim desta medida estava previsto para 30 de junho, mas foi adiantado devido à boa situação epidemiológica, afirmou Castex.
A França foi um dos últimos países europeus, junto com Itália e Grécia, a manter este toque de recolher, cada vez mais discutido e menos respeitado, conforme observado na terça-feira à noite durante as celebrações pela vitória da França contra a Alemanha na Eurocopa de futebol.
Também se questionava a obrigatoriedade geral de usar máscara.
Ao anunciar as medidas, Castex defendeu a estratégia de saída da crise anunciada no final de abril e que "alguns consideravam muito rápida e insuficientemente prudente".
Também celebrou que os contágios tenham caído para 3.200 casos em média em sete dias e que menos de 2.000 pessoas estejam internadas em UTI.
Esta melhora se explica, segundo ele, "pela mobilização dos franceses", mas também pelo "sucesso da campanha de vacinação", disse o primeiro-ministro, que estabeleceu como objetivo que 35 milhões de pessoas estejam completamente vacinadas até o final de agosto, o dobro da quantidade atual.
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